
🧪 Tubos de Coleta de Sangue: Cores, Funções e Dicas para Não Errar na Coleta
Descubra os tipos de tubos de coleta de sangue, suas cores, funções e aditivos. Um guia completo para estudantes e profissionais da saúde garantirem coletas seguras e resultados laboratoriais precisos.
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Os tubos de coleta de sangue são itens essenciais no dia a dia de laboratórios, hospitais e clínicas. Cada cor de tampa possui uma função específica, relacionada ao tipo de exame e ao aditivo presente no interior do tubo.
Para estudantes da área da saúde e profissionais como enfermeiros e técnicos de laboratório, entender as diferenças entre os tubos é fundamental para garantir resultados confiáveis e evitar erros de diagnóstico.
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Neste artigo, você vai aprender tudo sobre:
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As principais cores dos tubos e suas funções;
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O significado de cada aditivo;
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A ordem correta de coleta;
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Dicas práticas para evitar contaminações e hemólises.
🎯 A importância de conhecer os tubos de coleta
Muitos erros laboratoriais acontecem antes da análise propriamente dita, na chamada fase pré-analítica.
Um dos principais motivos? Uso incorreto dos tubos.
Quando o profissional escolhe o tubo errado ou não respeita a ordem de coleta, o sangue pode reagir com o aditivo incorreto, alterando os resultados. Por isso, dominar esse tema é mais do que uma questão técnica — é uma responsabilidade com a segurança do paciente.
🌈 Cores dos tubos de coleta de sangue e suas funções
A seguir, veja os tipos de tubos mais comuns e para que servem:
🟣 Tubo de tampa roxa (EDTA)
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Aditivo: EDTA (anticoagulante)
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Função: Impede a coagulação do sangue.
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Principais exames: Hemograma completo, contagem de plaquetas, tipagem sanguínea.
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Observação: Não deve ser usado para exames bioquímicos, pois o EDTA pode interferir nos resultados.
🔵 Tubo de tampa azul (Citrato de sódio)
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Aditivo: Citrato de sódio 3,2%
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Função: Mantém o cálcio inativo temporariamente, evitando a coagulação.
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Exames indicados: Testes de coagulação (TP, TTPA, INR, fibrinogênio).
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Cuidados: Deve ser preenchido exatamente até a marca, mantendo a proporção correta entre sangue e anticoagulante.
🔴 Tubo de tampa vermelha (sem aditivo ou com ativador de coágulo)
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Aditivo: Nenhum (ou ativador de coágulo)
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Função: Permite a coagulação natural do sangue.
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Exames: Sorologia, bioquímica, hormônios.
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Dica: Aguardar a retração do coágulo antes de centrifugar, garantindo soro puro.
🟡 Tubo de tampa amarela (soro com gel separador)
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Aditivo: Gel separador + ativador de coágulo
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Função: Facilita a separação entre soro e coágulo após a centrifugação.
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Exames: Bioquímicos, hormonais e sorológicos.
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Vantagem: Melhora a qualidade da amostra e reduz risco de contaminação.
🟢 Tubo de tampa verde (Heparina)
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Aditivo: Heparina de lítio, sódio ou amônio
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Função: Impede a coagulação, mantendo o plasma intacto.
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Exames: Gases sanguíneos, dosagens de eletrólitos e outros testes urgentes.
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Dica: Ideal para exames que precisam ser realizados rapidamente.
⚫ Tubo de tampa preta (Citrato de sódio 3,8%)
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Aditivo: Citrato de sódio em concentração diferente do tubo azul.
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Exames: Velocidade de hemossedimentação (VHS).
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Cuidados: Deve ser homogeneizado delicadamente após a coleta.
⚪ Tubo de tampa branca (com gel + EDTA)
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Aditivo: EDTA + gel separador
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Função: Separar plasma rico em leucócitos.
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Exames: Estudos moleculares, PCR, testes genéticos.
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Observação: Deve ser processado rapidamente para evitar degradação do DNA.
🔄 Ordem correta de coleta de sangue
Respeitar a ordem de coleta é essencial para evitar contaminação cruzada entre aditivos e garantir resultados confiáveis.
A sequência recomendada (padrão CLSI) é:
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Hemoculturas (frascos de cultura)
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Tubo azul (citrato de sódio)
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Tubo vermelho / amarelo (sem anticoagulante)
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Tubo verde (heparina)
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Tubo roxo (EDTA)
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Tubo cinza (fluoreto de sódio, para glicose)
💡 Dica: Sempre misture os tubos suavemente de 5 a 8 vezes após a coleta, evitando agitação excessiva que possa causar hemólise.
⚠️ Erros comuns e como evitá-los
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Preenchimento incorreto do tubo: pode alterar a proporção sangue/aditivo.
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Mistura inadequada: falta de homogeneização pode causar coagulação parcial.
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Coleta fora da ordem: interfere em exames sensíveis como coagulação e bioquímica.
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Uso de material vencido ou mal armazenado: compromete a qualidade da amostra.
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Hemólise por aspiração brusca: evite sucção forçada ou agitação intensa.
🧬 Dicas para estudantes e iniciantes
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Treine a identificação visual das tampas. Ter uma imagem ilustrada ajuda muito na memorização.
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Leia o rótulo do tubo: fabricantes podem variar a concentração do aditivo.
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Aprenda a preparar o material com antecedência: separe os tubos antes da punção.
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Nunca recoloque sangue em outro tubo: isso invalida o exame.
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Busque sempre atualização: protocolos podem mudar conforme as normas do CLSI e ANVISA.
🧾 Segurança e descarte
Após a coleta:
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Descarte agulhas em caixas de perfurocortantes;
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Identifique corretamente cada amostra;
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Use EPIs (luvas, óculos, jaleco);
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Envie as amostras para o laboratório o mais rápido possível.
O cumprimento das normas de biossegurança é obrigatório e garante a integridade do profissional e do paciente.
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Dominar o uso correto dos tubos de coleta de sangue é uma competência essencial para todos que atuam na área da saúde.
Cada cor, aditivo e ordem tem um propósito — e compreender isso evita erros, retrabalhos e resultados falsos.
Para estudantes e profissionais, conhecer esse processo é mais do que uma exigência técnica: é parte do compromisso ético com a qualidade do cuidado e a segurança do paciente.



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