TDAH em Adultos: Estudo Aponta Redução de Até 9 Anos na Expectativa de Vida

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📌 Por que o TDAH em Adultos Preocupa?


Um novo estudo britânico, publicado em 23 de janeiro de 2025 no The British Journal of Psychiatry, revelou dados alarmantes sobre o Transtorno de Déficit de Atenção com Hiperatividade (TDAH) em adultos: quem convive com esse transtorno pode ter sua expectativa de vida reduzida em até nove anos.


Com base na análise de mais de 330 mil pacientes ao longo de anos, os pesquisadores descobriram uma forte ligação entre o TDAH e o aumento da mortalidade precoce — especialmente por causas evitáveis, como doenças cardiovasculares, uso de substâncias e comportamentos de risco.


Essa realidade reforça a urgência de políticas públicas de saúde mental, além da importância de acesso amplo ao diagnóstico precoce e tratamentos eficazes para adultos com TDAH.


🧬 O Estudo: Como o TDAH Afeta a Longevidade?

A pesquisa analisou dados eletrônicos de 794 clínicas de atenção primária do Reino Unido. No total, foram incluídos:

  • 30.039 adultos diagnosticados com TDAH
  • 300.390 adultos sem o transtorno (grupo controle)

Os dados foram cruzados com registros de óbitos do sistema público de saúde britânico.

Resultados principais:

  • Homens com TDAH vivem, em média, 6,78 anos a menos (73 anos vs. 80 no grupo controle)
  • Mulheres com TDAH vivem, em média, 8,64 anos a menos (75 anos vs. 84)
  • A expectativa de vida aos 18 anos foi reduzida em:
    • 1,89 vezes maior o risco de morte precoce entre homens
    • 2,13 vezes maior o risco de morte precoce entre mulheres

Esses números chocam pela diferença significativa e mostram que o TDAH não é apenas um transtorno de comportamento ou atenção: é uma condição crônica que pode afetar diretamente a sobrevivência.


🔎 Por Que o TDAH Está Ligado à Mortalidade Precoce?


Segundo a principal autora do estudo, Dra. Elizabeth O’Nions, a redução na expectativa de vida não está diretamente ligada ao TDAH, mas sim aos fatores associados ao transtorno:

Fatores de risco comuns em adultos com TDAH:

  • Tabagismo
  • Uso de álcool e drogas
  • Comportamentos impulsivos e perigosos
  • Acidentes de trânsito
  • Negligência com cuidados médicos
  • Baixa adesão a tratamentos de saúde mental

🧠 TDAH em Adultos: Diagnóstico Ainda É Desafiador


Apesar do impacto profundo, o TDAH em adultos continua sendo subdiagnosticado. Muitas pessoas vivem por décadas sem sequer imaginar que têm o transtorno, atribuindo seus sintomas a "distração", "ansiedade" ou "personalidade agitada".

Obstáculos comuns para o diagnóstico:

  • Falta de informação sobre o TDAH adulto
  • Estigmas em torno da saúde mental
  • Dificuldade de acesso a psiquiatras especializados
  • Confusão com outros transtornos, como depressão e ansiedade

A ausência de diagnóstico impede o início de um tratamento adequado, levando muitos adultos a carregar sintomas e comorbidades não tratadas ao longo da vida.


🔄 O Impacto das Comorbidades


Diversos estudos, incluindo este, reforçam que o TDAH raramente aparece sozinho. A presença de comorbidades psiquiátricas e clínicas é extremamente comum, e isso agrava os riscos.

Comorbidades mais frequentes em adultos com TDAH:

  • Transtornos de humor (depressão, transtorno bipolar)
  • Ansiedade generalizada
  • Transtorno do uso de substâncias
  • Distúrbios do sono
  • Doenças cardiovasculares

Cada uma dessas condições, quando não tratada, aumenta ainda mais a vulnerabilidade à mortalidade precoce.


🩺 A Importância do Tratamento Integral


O tratamento do TDAH deve ser multidisciplinar e contínuo, focado não apenas nos sintomas centrais (desatenção, impulsividade, hiperatividade), mas também nos aspectos emocionais, sociais e de saúde física.

O que inclui um bom plano de tratamento?

  • Medicação adequada: estimulantes ou não-estimulantes, conforme prescrição médica
  • Psicoterapia cognitivo-comportamental
  • Intervenções familiares e educacionais
  • Tratamento de comorbidades
  • Mudanças no estilo de vida (exercício, sono, alimentação)

Segundo o psiquiatra Dr. Philip Asherson, do King’s College London, é essencial fortalecer o acesso a serviços especializados para que as pessoas com TDAH possam receber o tratamento certo no momento certo.


⚖️ TDAH e Políticas Públicas: Uma Questão de Saúde Coletiva


A mortalidade precoce associada ao TDAH evidencia a necessidade urgente de inclusão desse transtorno nas prioridades da saúde pública. Isso inclui:

  • Capacitação de profissionais da atenção básica para identificar sinais do TDAH
  • Campanhas de conscientização sobre o TDAH adulto
  • Criação de centros de referência em saúde mental para adultos
  • Investimento em linhas de cuidado integradas

A negligência com o TDAH adulto não é apenas um problema individual, mas sim uma falha sistêmica que custa vidas.


📈 Dicas Para Viver Bem com TDAH na Idade Adulta


Se você ou alguém que conhece foi diagnosticado com TDAH, saiba que é possível viver bem e com qualidade. Aqui vão algumas recomendações práticas:

  1. Busque apoio médico especializado
  2. Mantenha uma rotina com organização e previsibilidade
  3. Use lembretes visuais, aplicativos e agendas
  4. Evite multitarefas – foque em uma atividade de cada vez
  5. Pratique atividades físicas regularmente
  6. Tenha uma rede de apoio emocional
  7. Evite o uso de álcool e drogas

💡 Conclusão: O TDAH Adulto Precisa de Visibilidade


O TDAH em adultos é uma condição real, com implicações sérias na saúde, no comportamento e, como este estudo demonstrou, até na longevidade. A boa notícia é que grande parte desses riscos são evitáveis, desde que haja:

  • Diagnóstico precoce
  • Tratamento adequado
  • Apoio da família e da sociedade
  • Políticas públicas eficazes

Ignorar o TDAH em adultos significa deixar milhares de pessoas sem o suporte necessário para viver com dignidade e saúde. Por isso, é hora de levar o transtorno a sério — não apenas como uma questão clínica, mas como um tema de direitos humanos e justiça social.



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