
O que é a Long COVID?
Long COVID, também conhecida como Condições Pós-COVID (PCC), refere-se ao conjunto de sinais, sintomas e condições que persistem ou surgem pelo menos três meses após a infecção inicial pelo SARS-CoV-2 . Embora seja mais comum em pessoas que tiveram casos graves — incluindo hospitalização ou internação em UTI — qualquer pessoa infectada, inclusive com sintomas leves ou assintomática, pode desenvolver a condição .
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Sintomas comuns da Long COVID
Mais de 200 sintomas relacionados à Long COVID já foram descritos, com uma grande faixa de variação entre os pacientes . Abaixo estão os mais frequentemente relatados:
✅ Sintomas gerais
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Fadiga intensa que interfere com a rotina diária
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Piora dos sintomas após esforço físico ou mental (“mal-estar pós-esforço” / post‑exertional malaise)
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Febre persistente
❤️ Respiratórios e cardiovasculares
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Falta de ar ou dificuldade para respirar
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Tosse persistente
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Dor no peito
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Palpitações (batimentos cardíacos acelerados ou fortes)
🧠 Neurológicos
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“Brain fog”: dificuldade para pensar ou se concentrar
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Dor de cabeça frequente
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Problemas de sono e tontura ao se levantar
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Sensações como formigamento ou perda de olfato e/ou paladar
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Depressão ou ansiedade
🥘 Digestivos
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Diarreia
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Dor abdominal ou inchaço (bloating)
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Constipação
🦴 Outros sintomas
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Dores musculares ou nas articulações
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Alterações nos ciclos menstruais
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Erupções na pele (rash)
Sintomas difíceis de explicar ou tratar
Alguns pacientes apresentam sintomas persistentes sem qualquer alteração detectável em exames médicos básicos, como sangue, raio-X do tórax ou eletrocardiograma. São manifestações semelhantes às da encefalomielite miálgica/síndrome da fadiga crônica (ME/CFS), dificultando o diagnóstico e o acesso a tratamentos adequados
Condições associadas a Long COVID
Além dos sintomas, alguns pacientes desenvolvem novas condições após a infecção:
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Problemas respiratórios, cardiovasculares ou neurológicos
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Distúrbios autoimunes
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Diabetes, coágulos sanguíneos e outras alterações metabólicas
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Síndrome pós-UTI (PICS) em quem esteve internado: fraqueza muscular, problemas cognitivos e estresse pós-traumático
Quem corre maior risco?
Estudos indicam que os seguintes grupos apresentam maior probabilidade de desenvolver Long COVID:
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Mulheres
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Pessoas de etnia hispânica ou latina
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Quem teve COVID-19 grave, especialmente com internação ou ventilação mecânica
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Pessoas com condições de saúde preexistentes (ex: diabetes, obesidade, asma)
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Adultos com 65 anos ou mais
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Pessoas não vacinadas contra a COVID-19
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Reinfecções aumentam o risco a cada nova exposição ao SARS-CoV-2
Prevalência e impacto na vida cotidiana
Estudos variam, mas estima-se que entre 5% e 30% das pessoas infectadas desenvolvem Long COVID . Um estudo INSPIRE mostrou que cerca de 16% dos adultos relatam sintomas persistentes após 12 meses, independentemente do resultado do teste inicial
Nos EUA, mais de 1 milhão de pessoas estão fora do mercado de trabalho devido à Long COVID, com impacto financeiro e emocional significativo — muitos relatos destacam dificuldade até para tarefas simples como responder e-mails
Prevenção e recomendações
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Vacinação contra a COVID-19 é considerada a principal ferramenta para reduzir o risco de Long COVID, tanto em adultos quanto em crianças
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Em caso de suspeita de Long COVID, buscar orientação médica especializada é fundamental. O diagnóstico baseia-se em histórico clínico, sintomas e exclusão de outras causas, mesmo sem teste positivo confirmado anteriormente
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Investir em autocuidado, adaptações na rotina, apoio psicológico e físico (como fisioterapia) pode ajudar a amenizar os sintomas
A Long COVID é uma condição complexa e multifacetada que pode afetar pessoas independente da gravidade da infecção inicial. Reconhecer os sinais e sintomas, buscar avaliação médica e manter-se atualizado com as recomendações de saúde pública — sobretudo vacinação — são passos essenciais para prevenção e manejo.
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