Pesquisa revela que mais de 90% da população se automedica

Automedicação no Brasil: Riscos, Impactos e o Papel Essencial do Farmacêutico na Promoção do Uso Racional de Medicamentos


A automedicação é uma prática amplamente disseminada no Brasil, com mais de 90% da população admitindo utilizar medicamentos sem prescrição médica, segundo dados do Instituto de Ciência, Tecnologia e Qualidade (ICTQ) e do Conselho Federal de Farmácia (CFF). Esse hábito, muitas vezes subestimado, representa um grave problema de saúde pública, contribuindo para o aumento de reações adversas, intoxicações e sobrecarga do Sistema Único de Saúde (SUS).


Em meio a esse cenário, o CFF lançou a campanha “O que a população já sabe, o Brasil precisa ouvir: farmacêutico é confiança”, reforçando o papel essencial desse profissional na orientação segura sobre medicamentos. Este artigo explora os riscos da automedicação, o impacto econômico no SUS, a importância do farmacêutico e como políticas públicas podem promover o uso racional de medicamentos.



1. A Epidemia da Automedicação no Brasil


1.1. Dados Alarmantes sobre Automedicação

Pesquisa realizada em abril de 2025 pelo ICTQ em parceria com o DataFolha revelou que:

  • Mais de 90% dos brasileiros já se automedicaram em algum momento.

  • 64% da população (equivalente a 101,8 milhões de pessoas) acredita que o farmacêutico pode reduzir os riscos da automedicação.

  • 54% dos entrevistados (cerca de 86,3 milhões) confiam na prescrição de medicamentos feita por farmacêuticos.

Esses números evidenciam que, embora a automedicação seja uma prática comum, há um reconhecimento crescente da importância do farmacêutico na segurança do paciente.

1.2. Principais Motivos para a Automedicação

Os brasileiros recorrem à automedicação por diversos fatores, incluindo:

  • Falta de acesso a serviços de saúde (demora em consultas médicas).

  • Cultura de compartilhamento de medicamentos (“indicação” de amigos e familiares).

  • Propaganda massiva de medicamentos (influência da mídia e redes sociais).

  • Autopercepção de doenças simples (como dores de cabeça, resfriados e azia).

No entanto, essa prática pode mascarar doenças graves, agravar condições crônicas e levar a resistência bacteriana (no caso de antibióticos).



2. Os Riscos da Automedicação para a Saúde Pública


2.1. Reações Adversas e Intoxicações

O uso indiscriminado de medicamentos pode causar:

  • Efeitos colaterais graves (alergias, sangramentos, danos hepáticos e renais).

  • Interações medicamentosas perigosas (especialmente em idosos e polimedicados).

  • Dependência química (analgésicos opioides, ansiolíticos).

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), erros de medicação estão entre as 10 principais causas de morte evitável no mundo.

2.2. Impacto no SUS e nos Custos da Saúde

SUS gasta aproximadamente R$ 62 bilhões por ano no tratamento de complicações decorrentes do uso incorreto de medicamentos – valor cinco vezes maior que o investimento em farmácias públicas. Esses gastos incluem:

  • Internações hospitalares por intoxicação.

  • Tratamento de doenças agravadas por automedicação.

  • Reabilitação de pacientes com sequelas de reações adversas.

A redução da automedicação poderia aliviar a pressão sobre o SUS e direcionar recursos para prevenção e educação em saúde.



3. O Papel do Farmacêutico no Combate à Automedicação


3.1. O Farmacêutico como Agente de Saúde Pública

A campanha do CFF destaca que o farmacêutico é um profissional estratégico na promoção do uso racional de medicamentos. Suas funções incluem:

  • Orientação sobre dosagens e efeitos colaterais.

  • Identificação de interações medicamentosas.

  • Encaminhamento para médicos quando necessário.

  • Prescrição farmacêutica (em casos permitidos por lei).

3.2. A Confiança da População no Farmacêutico

A pesquisa do ICTQ/DataFolha mostrou que:

  • 64% dos brasileiros acreditam que o farmacêutico reduz a automedicação.

  • 54% confiam em suas prescrições.

Esses dados reforçam a necessidade de integrar farmacêuticos às equipes de saúde, ampliando seu acesso à população.

3.3. Exemplos de Ações Bem-Sucedidas

Algumas iniciativas já demonstram eficácia:

  • Farmácias com serviço de atenção farmacêutica (como aferição de pressão e glicemia).

  • Programas de descarte correto de medicamentos.

  • Campanhas educativas em unidades básicas de saúde.


4. Políticas Públicas e Estratégias para Reduzir a

 Automedicação

4.1. Regulamentação mais Rigorosa sobre Venda de Medicamentos

Algumas medidas necessárias incluem:

  • Fiscalização da venda sem receita (especialmente antibióticos e anti-inflamatórios).

  • Restrição à propaganda de medicamentos (como já ocorre em países europeus).

4.2. Educação em Saúde desde a Infância

Iniciativas como:

  • Programas escolares sobre uso correto de remédios.

  • Campanhas midiáticas com linguagem acessível.

4.3. Ampliação do Acesso a Serviços de Saúde

  • Mais farmacêuticos em postos de saúde.

  • Telefarmácia para áreas remotas.




5. Farmacêutico como Pilar da Saúde Pública


Os dados revelam que a população já reconhece o valor do farmacêutico, mas é preciso que o Brasil dê mais voz a esses profissionais. Combater a automedicação exige:
✅ Conscientização pública.
✅ Fortalecimento da atuação farmacêutica.
✅ Políticas públicas eficientes.

A campanha do CFF é um passo crucial nessa direção. Como afirmou Walter Jorge João, presidente do CFF“Farmacêutico salva vidas” – e, em um país onde milhões ainda dependem de orientação segura, essa mensagem nunca foi tão urgente.


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