O Farmacêutico Clínico como Protagonista na Prevenção e Cuidado com Alergias

O Farmacêutico Clínico como Protagonista na Prevenção e Cuidado com Alergias


No Dia Nacional de Prevenção da Alergia (7 de maio), é essencial reforçar a importância do diagnóstico precoce e do tratamento adequado para milhões de brasileiros que sofrem com reações alérgicas. Segundo a Associação Brasileira de Alergia e Imunologia (ASBAI), cerca de 30% da população possui algum tipo de alergia, sendo 20% crianças.


Nesse contexto, o farmacêutico clínico assume um papel estratégico, atuando na orientação, prevenção e cuidado com pacientes alérgicos, além de combater a automedicação irresponsável. Com o aumento sazonal na procura por anti-histamínicos, a atuação desse profissional se torna ainda mais relevante, tanto no atendimento farmacêutico quanto na gestão de categorias dentro do varejo farmacêutico.


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Neste artigo, exploraremos:

  • O mecanismo das alergias e o papel dos anti-histamínicos

  • O crescimento da categoria de antialérgicos no varejo farmacêutico

  • O impacto da automedicação e a importância da orientação farmacêutica

  • Estratégias para fidelização de clientes e promoção do uso racional de medicamentos



Alergias: Mecanismos Fisiopatológicos e Tratamento


As reações alérgicas são respostas exacerbadas do sistema imunológico a alérgenos ambientais (como pólen, ácaros e pelos de animais) ou alimentares (como leite, ovos e amendoim). Essas reações são mediadas por IgE, que ativam mastócitos e basófilos, levando à liberação de histamina — substância responsável pelos sintomas clássicos:

  • Prurido (coceira)

  • Edema (inchaço)

  • Vermelhidão

  • Espasmo brônquico (dificuldade respiratória em casos graves)

  • Aumento da secreção nasal e ocular

Anti-Histamínicos: Diferenças Entre Gerações

Os anti-histamínicos são a principal classe de medicamentos para controle dos sintomas alérgicos. Eles atuam bloqueando os receptores H1 da histamina, reduzindo as manifestações clínicas. Podem ser classificados em:

1ª Geração (Sedativos)

  • Exemplos: Clorfeniramina, Difenidramina, Hidroxizina

  • Características:

    • Atravessam a barreira hematoencefálica, causando sonolência

    • Efeitos colaterais como boca seca e retenção urinária

    • Indicados para crises agudas, mas com limitações para uso prolongado

2ª Geração (Não Sedativos ou Menos Sedativos)

  • Exemplos: Loratadina, Desloratadina, Cetirizina, Fexofenadina

  • Características:

    • Maior seletividade pelos receptores H1 periféricos

    • Menor risco de sedação, permitindo uso em pacientes ativos

    • Eficácia prolongada (doses únicas diárias)

    • Perfil de segurança melhorado, ideal para tratamento crônico

Além disso, em casos de congestão nasal persistente, é comum a associação com descongestionantes (como pseudoefedrina) ou corticosteroides nasais (como mometasona).



Categoria em Alta: Anti-Alérgicos no Varejo Farmacêutico

demanda por anti-histamínicos tem crescido significativamente, especialmente em períodos de outono e inverno, quando alergias respiratórias se agravam. Segundo Ricardo Leite, professor do ICTQ e diretor de Marketing do Grupo Farma Ponte, a categoria apresenta:

  • Crescimento médio de 12% ao ano

  • Picos sazonais durante mudanças climáticas

  • Alto potencial de fidelização, já que muitos pacientes têm alergias crônicas

Estratégias para Maximizar Vendas e Atendimento

  1. Segmentação Sazonal

    • Campanhas específicas para outono/inverno

    • Ilhas promocionais com destaque para anti-histamínicos e produtos complementares (como soros nasais e umidificadores de ar)

  2. Comunicação Educativa no PDV

    • Materiais informativos sobre diferenças entre anti-histamínicos

    • Sinalização clara para facilitar o acesso do consumidor

  3. Treinamento Contínuo da Equipe

    • Capacitação em farmacologia clínica das alergias

    • Habilidades de comunicação para orientação eficaz


Automedicação: Riscos e o Papel do Farmacêutico


Uma pesquisa do ICTQ (2024) revelou que:

  • 86% dos brasileiros com 16 anos ou mais se automedicam

  • 19% usam medicamentos por conta própria para alergias

  • 53% buscam informações na internet antes de comprar

Esse cenário exige intervenção farmacêutica, pois a automedicação inadequada pode levar a:

  • Mascaramento de sintomas graves (como asma ou anafilaxia)

  • Uso prolongado de anti-histamínicos sedativos, prejudicando produtividade

  • Interações medicamentosas (especialmente com antidepressivos e ansiolíticos)

Como o Farmacêutico Pode Intervir?

  1. Identificar Sinais de Alerta

    • Dispneia (falta de ar)

    • Edema de glote (inchaço na garganta)

    • Reações cutâneas graves (urticária disseminada)

  2. Orientar sobre Uso Correto

    • Diferenciar anti-histamínicos sedativos vs. não sedativos

    • Alertar sobre riscos de descongestionantes (como taquicardia)

  3. Encaminhar para o Médico Quando Necessário

    • Casos de alergia persistente ou sem melhora

    • Pacientes com comorbidades (como hipertensão ou glaucoma)


MIPs e Fidelização: Equilíbrio Entre Vendas e Saúde


Os Medicamentos Isentos de Prescrição (MIPs), como loratadina e cetirizina, representam 60% das vendas de antialérgicos. Essa liberdade de compra exige responsabilidade no atendimento:

  • Promoção do Uso Racional (evitando indicações desnecessárias)

  • Destaque para Produtos com Melhor Perfil de Segurança (2ª geração)

  • Programas de Fidelização (como cartões de desconto para pacientes crônicos)



O Farmacêutico como Agente de Saúde Pública


farmacêutico clínico é um protagonista no manejo das alergias, atuando desde a prevenção até o tratamento. Sua expertise é fundamental para:

✅ Reduzir a automedicação irresponsável
✅ Orientar sobre terapias mais seguras
✅ Identificar casos que exigem intervenção médica
✅ Fidelizar clientes com atendimento humanizado


No Dia Nacional de Prevenção da Alergia, reforçamos a importância desse profissional na cadeia de saúde, garantindo qualidade de vida para milhões de brasileiros.



Referências:

  • Associação Brasileira de Alergia e Imunologia (ASBAI)

  • ICTQ – Instituto de Pesquisa e Pós-Graduação para o Mercado Farmacêutico

  • ANVISA – Bulário Eletrônico



Palavras-chave: Farmacêutico clínico, alergias, anti-histamínicos, automedicação, MIPs, varejo farmacêutico, prevenção de alergias, tratamento de alergias, ASBAI, ICTQ, loratadina, cetirizina, descongestionantes, farmácia clínica.


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