
Fiocruz firma parceria com EMS para produção de canetas emagrecedoras
A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), por meio de sua unidade Farmanguinhos, assinou nesta quarta-feira, 6 de agosto de 2025, um acordo tecnológico com a farmacêutica EMS. O objetivo é produzir, no Brasil, os ingredientes farmacêuticos ativos e desenvolver produtos finais à base dos hormônios liraglutida e semaglutida — amplamente utilizados no tratamento da obesidade e do diabetes tipo 2
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Transferência de tecnologia e etapas da produção
Inicialmente, a produção será realizada nas instalações da EMS em Hortolândia (SP). À medida que a tecnologia for sendo transferida, toda a síntese e fabricação poderão ser realizadas no Complexo Tecnológico de Medicamentos de Farmanguinhos, no Rio de Janeiro
Benefícios públicos e integração ao SUS
O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, comentou que a iniciativa tem potencial para impulsionar o acesso a essas canetas via SUS. Especialmente para pacientes que aguardam cirurgia bariátrica, estudos podem indicar benefícios robustos para justificar sua incorporação ao sistema público
Sobre os medicamentos
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A liraglutida é o princípio ativo já presente nas canetas Olire (uso para obesidade) e Lirux (para diabetes tipo 2), produzidas pela EMS e atualmente disponíveis nas farmácias brasileiras
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A semaglutida, presente em medicamentos como Ozempic e Wegovy, também fará parte da linha de transferência tecnológica — especialmente após o fim da patent
Impacto estratégico
Essa colaboração representa um marco para a autonomia tecnológica do país na área de biotecnologia farmacêutica. A produção local pode reduzir o custo dos tratamentos e, potencialmente, ampliar o acesso da população
✅ O acordo é um passo estratégico e positivo para o Brasil.
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Fortalece a soberania nacional em saúde:
Produzir medicamentos complexos como a semaglutida e liraglutida aqui no Brasil é um avanço significativo. Isso reduz a dependência de importações, principalmente em um mercado dominado por multinacionais. -
Amplia o acesso a tratamentos caros:
Hoje, canetas como Ozempic e Wegovy são caras e inacessíveis para muitos. Com produção local, há chance real de baratear o custo e futuramente oferecer pelo SUS, especialmente para pacientes com obesidade grave e diabetes tipo 2. -
Dá protagonismo à Fiocruz e à EMS:
Essa parceria reforça o papel da Fiocruz como um pilar estratégico da saúde pública e mostra a força da EMS como indústria nacional capaz de disputar mercado com gigantes internacionais. -
Pode reduzir a automedicação e uso indiscriminado:
A produção em larga escala exige também campanhas de conscientização. Muitas pessoas buscam essas canetas apenas para emagrecimento estético, sem prescrição médica — o que pode gerar riscos. Se o SUS vier a ofertar esses medicamentos, o uso poderá ser mais controlado e racional.
⚠️ Ponto de atenção:
A popularidade exagerada dessas “canetas emagrecedoras” nas redes sociais pode continuar incentivando o uso indevido. É essencial que haja educação em saúde e orientação profissional, especialmente por médicos e farmacêuticos, para que os riscos sejam conhecidos.



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