Lipedema tem cura? Conheça os tratamentos disponíveis para a doença

Lipedema: não tem cura, mas tratamentos aliviam sintomas e melhoram qualidade de vida


O que é o lipedema?

O lipedema é uma condição crônica progressiva que envolve acúmulo simétrico e doloroso de gordura principalmente nas pernas, quadris e, às vezes, nos braços. A doença afeta sobretudo mulheres e não se trata de obesidade — embora possa conviver com essa condição — e nem de linfedema 

Por que não há cura — mas há controle

Atualmente não existe cura definitiva para o lipedema, pois se trata de uma disfunção crônica do tecido adiposo. O tratamento tem foco na redução dos sintomas, na contenção da progressão da doença e na melhora da qualidade de vida 


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Tratamentos disponíveis


1. Tratamento conservador (não cirúrgico)

Protocolos multidisciplinares combinam várias abordagens:

  • Terapia de compressão: meias ou bandagens para melhorar circulação e reduzir inchaço 

  • Drenagem linfática manual (DLM): massagem terapêutica para estimular o sistema linfático e aliviar retenção de líquidos Fisioterapia: exercícios de baixo impacto (como hidroginástica, ioga, caminhadas) para mobilidade e circulação 

  • Dieta anti-inflamatória: planos alimentares, dieta low‑carb ou cetogênica, visando reduzir inflamação, controlar insulina e estrogênio 

  • Hidratação, sono, saúde mental: fatores como controle do estresse, sono adequado, psicoterapia e abandono do tabagismo auxiliam no manejo global 

Essa abordagem é essencial desde os estágios iniciais (graus I e II), ajudando a aliviar dor, inchaço, melhorar a circulação e desacelerar a progressão da doença 



2. Tratamento cirúrgico


Quando os métodos conservadores são insuficientes, especialmente em estágios avançados, a lipoaspiração especializada (com técnicas como tumescente, wet‑jet assistida ou ultrassônica como VASER) pode remover gordura fibrótica resistente e aliviar sintomas persistentes 

Benefícios

  • Redução significativa de dor, hematomas e volume corporal

  • Melhora da mobilidade, contorno corporal e da qualidade de vida — com relatos de alívio duradouro e elevado grau de satisfação (> 80 %) em pacientes 

Riscos

  • Procedimento delicado devido à maior quantidade de tecido removido: risco de sangramento, perda de fluidos, anemia, fibrose, linfoedema ou coágulos

  • Muitas cirurgias são feitas com internação de 1 noite para monitoramento.

  • Exige cirurgião plástico especializado em lipedema, com experiência documentada e resultados de casos anteriores 

Custo aproximado (EUA)

Entre US$ 7.500 e US$ 20.000 por área tratada, dependendo do número de regiões e da técnica utilizada. Muitas operadoras ainda classificam o procedimento como estético, negando cobertura — por isso, é essencial verificar a cobertura antes do tratamento 



3. Terapias emergentes


• Agonistas de GLP‑1: Ozempic, Tirzepatida (Mounjaro)

Estudos recentes de 2025 indicam que esses medicamentos podem reduzir inflamação, retardar a fibrose e até ativar termogênese em gordura marrom, reduzindo o volume do tecido lipedêmico e aliviando sintomas .

• Compressão pneumática

Dispositivos modernos que aplicam compressão dinâmica e massagem peristáltica auxiliam no funcionamento linfático, com efeito positivo na redução de inchaço 



Comparativo dos principais tratamentos


AbordagemFinalidadeVantagensLimitações
Conservadora (CDT, dieta, exercícios, compressão)Alívio de sintomas e controleBaixo risco, acessível, melhora globalNão reduz efetivamente o volume gorduroso
GLP‑1 agonistas (Ozempic, Tirzepatide)Antiinflamatória/metabólicaPotencial redução inflamatória e de gordura resistenteUso off-label, custo e ainda em estudo
Lipoaspiração especializadaRemoção de gordura fibrosaRedução duradoura de dor e contornoCusto elevado, riscos cirúrgicos


  • O lipedema não tem cura definitiva, mas pode ser controlado com abordagens integradas e individualizadas.

  • O tratamento ideal envolve apoio de equipe multidisciplinar: angiologista/vascular, fisioterapeuta, nutricionista e cirurgião plástico capacitado 

  • Novas terapias como tirzepatida e compressão robótica estão em fase de estudo e podem representar um avanço significativo nos próximos anos.


O mais importante é buscar diagnóstico precoce e apoio especializado para construir um plano de tratamento adaptado às suas necessidades


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